Capítulo 2 - Zumbis São Reais

Agora vamos ao que realmente interessa.
Já é ano de 2010, em uma fazenda no interior de São Paulo, a cidade de Presidente Epitácio, acontece algo um tanto quanto normal, um cão de um fazendeiro, infectado pelo vírus da raiva acaba mordendo uma vaca, que por ironia do destino também sofria do Mal da Vaca Louca, mas devido à falta de conhecimento de seu dono nada foi feito. Logo o vírus da raiva sofreu uma mutação devido à doença que continha na vaca.
Logo a vaca foi abatida, antes mesmo do vírus se manifestar, serviu de alimento para seus donos. O resultado já é imaginado, toda a família começou a ter distúrbios, porém estavam mais ferozes do que o devido, e estavam contaminando todos do lugar.
As autoridades logo foram alertadas, sem muita demora a doença foi descoberta, algumas vacinas com o vírus morto foram feitas, mas não adiantava de nada, a cura não vinha.
Alguns dos conhecedores de drogas farmacêuticas logo lembraram do caso que ocorreu no Haiti, e tentaram se utilizar do veneno do baiacu para desacordar as pessoas infectadas e em seguida reanima-las novamente com a droga retirada da Figueira-do-inferno. Apenas um detalhe não foi lembrado por todos: esta droga reanimava apenas o cerebelo, responsável pelo equilibro, instintos e tudo o mais, o córtex cerebral permanecia morto, junto com as lembranças.
Seres atordoados, mortos, sedentos por destruição começaram a se espalhar pelo estado de Goiás. Mas ainda podiam ser controlados, afinal, atacavam seres apenas que os incomodavam, mas como o destino não é amigo de ninguém, ele fez mais uma de suas ironias, uniu o parasita Toxoplasma gondii com o novo vírus da raiva que agora também levava junto de si o veneno do baiacu e a droga reanimadora.
O parasita e o vírus entraram em uma relação de protocooperação, onde o parasita dominava o sistema nervoso que era fragilizado pelo vírus, e então fazia a vítima atacar outro exemplar da mesma espécie que não tivesse a doença para conseguir repassar os dois indivíduos e fazer as espécies se reproduzirem.
Logo se tornaram parasitas específicos da raça humana, e para se reproduzirem precisavam um do outro, deixando a relação de protocooperação para trás e adotaram uma relação de simbiose, assim, tornando-se praticamente um único ser.
E uma legião de morto-vivos começou a se espalhar.
Aqueles que tentavam fugir para outros países eram impedidos, pois podiam levar a doença para o resto do mundo. Bom, pra início de conversa, a pequena cidade foi completamente isolada, afinal, só existiam duas formas de chegar até ela, pela rodovia, o que custava pelo menos umas 2 horas de viagem de carro; e pela ponte, q logo foi demolida pelo governo. Portanto se tornou uma tarefa praticamente inviável sair da cidade, a menos que se caminhace por dias em um longo deserto ou nadasse por horas para cruzar o rio.
Até quando tudo isto ira durar não se sabe, nem mesmo se o resto país e do mundo conseguirá segurar uma barreira para sempre. Única informação realmente relevante é de que o fim do mundo previsto para 21 de dezembro de 2012 teve seu início no ano de 2010.